Estudo mostra que poluição de carros pode afetar cérebro
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Em pesquisa com ratos, danos foram semelhantes aos de mal de Alzheimer.
Partículas estudadas não podem ser retidas pelos filtros dos automóveis.

Da France Presse


Ser exposto à poluição do ar causada por automóveis pode deixar danos cerebrais em ratos, semelhantes à perda de memória e à doença de Alzheimer, informaram pesquisadores americanos nesta quinta-feira.

Cientistas recriaram os poluentes que vêm da queima de combustíveis fósseis e expuseram ratos ao ar poluído por 15 horas por semana durante 10 semanas.

As pequenas partículas de ar tinham o tamanho de 1 milésimo da largura de um cabelo humano, sendo muito pequenas para serem retidas pelo sistema de filtro dos automóveis, mas exerceram danos consideráveis nos cérebros dos ratos expostos, informou o estudo.

"Você não pode vê-las, mas elas são inaladas e têm um efeito nos neurônios do cérebro, aumentando a possibilidade de consequências de longo prazo na saúde", afirmou o autor Caleb Finch, da Universidade do Sudeste da Califórnia.

Cientistas concluíram que a exposição resultou em um "dano significativo" para os neurônios envolvidos na aprendizagem e na memória, e eles detectaram "sinais de inflamação associados ao envelhecimento precoce e à doença de Alzheimer".

O estudo foi publicado na revista especializada "Environmental Health Perspectives".

Mais pesquisas são necessárias para determinar se os mesmos efeitos podem ser vistos em humanos.

"É claro que isso leva à questão: como podemos proteger os moradores das cidades desse tipo de toxicidade?. Isso ainda não é sabido", concluiu Finch.
08/04/2011 - Notícias
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