INTRODUÇÃO
Por que este curso é necessário
O número elevado de neonatos de baixo peso ao nascimento (peso inferior a 2.500g, sem considerar a idade gestacional) constitui um importante problema de saúde e representa um alto percentual na morbimortalidade neonatal.Além disso, tem graves conseqüências médicas e sociais (abandono dos bebês quando a separação é longa e/ou se o custo dos cuidados é alto).
O atendimento perinatal tem sido foco primordial das atenções do Ministério da Saúde, já que nesse componente reside o maior desafio para a redução da mortalidade infantil.
Ações de vulto têm sido desencadeadas procurando elevar o padrão não só do atendimento técnico a nossa população (criança e mulher), mas também propondo uma abordagem por parte dos profissionais de saúde que seja fundamentada na integralidade do ser.
A iniciativa Hospital Amigo da Criança tem, em conjunto com o reequipamento das unidades hospitalares, mesclado tanto um aprimoramento na conduta técnica quanto uma mudança na postura do profissional, tornando-o cada vez mais um ser preocupado com a abordagem holística de seu paciente.
Nessa linha de pensamento, desde o início dos anos 80, após experiência pioneira realizada na Colômbia, vários pediatras têm atribuído importância especial, no aspecto
psicológico, ao contato pele a pele entre a mãe e seu bebê.Assim, espera-se que haja um vínculo mãe-filho muito maior, que auxilie o desenvolvimento psicomotor dos recém-nascidos, notadamente os de baixo peso, e promova o aleitamento materno. Conhecido como Método Canguru, tal forma de atendimento tem sido utilizada em algumas unidades de saúde também em nosso país.
No momento atual, não preocupado em encontrar uma metodologia de abordagem perinatal que “sirva para países em desenvolvimento”, mas sim com interesse em mudar a postura com a humanização da assistência prestada, o Ministério da Saúde lançou, por meio da Portaria nº 693 de 5/7/2000, a Norma de Atenção Humanizada do Recém-Nascido de Baixo Peso (Método Canguru).