Empresas aéreas não pousam nem decolam do Salgado Filho nesta sexta.
FAB diz que nuvem está até 10 mil metros de altura e segue para o oceano.
A Infraero informou que as companhias aéreas continuam não operando no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Segundo a Força Aérea Brasil (FAB), a nuvem do vulcão chileno Puyehue ocupa 70% do território do Rio Grande do Sul e deve entrar em Santa Catarina nesta sexta-feira (10).
Segundo a Infraero, até as 7h15 desta sexta-feira, das 16 partidas programadas até o horário, 15 haviam sido canceladas pelas empresas, que preferem não operar no aeroporto nestas condições. Apenas uma partida foi realizada por volta das 6h. Foi um voo da Trip com destino a Campo Grande (MT), que utilizava uma aeronave de pequeno porte e realizando voo a baixa altitude.
Dos quatro pousos previstos até o horário, todos não ocorreram, diz a Infraero, que administra os aeroportos do país.
A assessoria de imprensa da Superintendência Sul da Infraero informa que o Aeroporto Salgado Filho continua aberto, apesar da nuvem do vulcão, pois a Aeronáutica não determinou o fechamento do mesmo. Conforme o Centro de Comunicação Social da FAB (Cecomsaer), a decisão de interditar o aeroporto é determinada pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), do qual fazem parte todos os órgãos que atuam no setor, inclusive a Infraero.
Apenas o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba, foi fechado nesta sexta-feira, diz a FAB, por questões meteorológicas. Por volta das 7h30 desta sexta-feira, a nuvem do vulcão que se encontra sobre o Rio Grande do Sul está em uma altitude de 7 a 10 metros, o que permitiria aeronaves voar abaixo ou acima desta marca, diz a FAB.
A área com ocorrência de nuvens diminuiu, depois de chegar a cerca de 70% no estado durante a madrugada. A camada continua se deslocando para cima, rumo a Santa Catarina, mas com a possibilidade de seguir para o Oceano Atlântico, se mantidas as atuais condições.
Uma nova previsão meteorológica para a região deve ser divulgada até o final da manhã de sexta-feira. Na quinta-feira (9), o aeroporto gaúcho de Bagé foi fechado devido à nuvem, pois o aeródromo é pequeno e exige atenções redobradas.
Curitiba
Todos os voos do período da manhã, de Curitiba para Porto Alegre (RS) e para Bueno Aires, na Argentina, foram cancelados. De acordo com a Infraero, há cinzas no espaço aéreo de Curitiba, mas elas estão distante das rotas dos aviões. Até as 7h20, o Aeroporto Internacional Afonso Pena estava fechado para pousos e decolagens por causa do nevoeiro.
Rio de Janeiro
Por causa da fumaça, cinco voos que partiriam do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, no Rio, para Porto Alegre, foram cancelados. Esses voos, segundo a Infraero, estavam programados para decolar entre 6h e 10h desta sexta-feira (10). A partir deste horário, todos os demais voos ainda estão dentro da previsão normal de partida.
Voos internacionais
Desde a erupção do vulcão chileno, em 4 de junho, voos para os cinco países foram prejudicados pela nuvem de cinzas. Além do Chile, decolagens para Argentina, Paraguai, Uruguai e Peru chegaram a ser suspensas.
Nesta quinta, todos os voos internacionais e domésticos dos aeroportos de Buenos Aires foram cancelados. Os aeroportos da Patagônia, no Sul, permanecem fechados.
A nuvem vulcânica também atingiu o Uruguai e provocou o cancelamento da maioria dos voos do aeroporto internacional de Montevidéu.
Companhias aéreas
A Gol suspendeu as operações nos aeroportos de Florianópolis, Chapecó e Navegantes, em Santa Catarina, a partir das 4h desta sexta.
Durante a tarde, a empresa havia anunciado o cancelamento dos voos que partiriam para Porto Alegre e Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, além de Buenos Aires (Argentina) e Montevidéu (Uruguai).
De acordo com a empresa, a decisão foi tomada pela possibilidade do avanço das cinzas do vulcão chileno Puyehue sobre o espaço aéreo do estado.
Para atender os clientes, a Gol programou operações extras antecipadas dos seguintes voos: